terça-feira, 27 de outubro de 2009

Na natureza selvagem


"Há um tal prazer nos bosques inexplorados;
Há uma tal beleza na solitária praia;
Há uma sociedade que ninguém invade,
perto do mar profundo e da música do seu bramir.
Não que eu ame menos o homem,
mas amo mais a natureza."
Lord Byron*



O filme é de uma magnitude tão reveladora pra mim que tecer qualquer comentário seria mero.
Trata-se da história real de Christoper McCandless, um jovem recém-Licenciado, bom aluno, bom filho, que abre mão do horizonte de oportunidades comerciais e financeiras e vai embora sem um rumo determinado. Decepcionado com sua família, sempre mergulhada em violência e mentira, cansado de uma sociedade hipócrita fundada em valores materialistas, batizou-se de Alexander Supertramp e foi buscar sua verdade no contato puro e entregue com a natureza. Um filme sobre o mal-estar na sociedade, o poder, a resistência, 'a lei natural dos encontros', a magia da leitura, o amor, a vida e a morte.
Eu não tenho lá talento com resenhas de filmes, sobretudo quando ele fere e desperta sentimentos cuja forma e compreensão ainda não alcancei. Mas eu recomendo.

"Ja vivi muita coisa e agora acho que sei o que é preciso para ser feliz. Uma vida mansa e isolada no interior com a possibilidade de ser útil a quem é fácil ser bom. Pessoas que não estão acostumadas a serem servidas..." Tolstoy*

" A felicidade só existe quando compartilhada." Christoper McCandless*


* Frases e autores citados no filme.

Um comentário:

  1. Já perdi a conta de quantas vezes vi esse filme...

    ...não há nada tão magnífico do que poder sentir as coisas no seu estado "natural"... digo, eu no meu estado natural e as coisas em seus estados naturais: uma pessoa, um bicho, uma praia, uma fruta tirada do pé...

    ...

    minha grande ambição evolutiva é poder alcançar essa visão "pura" da vida e do mundo... poder sentir e ver todas as coisas que estão em volta com sentidos reais... existe um milhão de mistérios numa flor desabrochando...nos passaros voando... no barulho do mar... na sensação de sentir o vento... de observar como as folhas das arvores se movimentam...

    não há liberdade onde estamos. e o pior é que a porta da nossa prisão está aberta todo o tempo.

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